20 de mar. de 2009

Cidade Minha

Sou aquela que nasceu e possui vida.
Que cresceu e se tornou caminho,
de muitas ruas, chão e estradas,
com muitos sinais e sinalizações.

Me construo a cada curva,
e em cada esquina me desfaço.

Se pecorres-me por inteiro,
percebe que não conhece nem sequer metade de mim.

A cada manhã me faço mais curvas,
mais sinais, mais estradas e sinalizações.

Minhas ruas não possuem rachaduras,
meus conflitos se constroem em minhas encruzilhadas,
e ladeiras,
e becos,
ruas, avenidas e demais caminhos.

Caso dobre em minhas estradas,
silencie-se,
posso me esconder em minhas esquinas.


20/03/2009

4 reações:

Anônimo disse...

Aleluuuuuia!
Ainda bem que já posso comentar!
Não aguento ficar lendo você sem te comentar e você sabe disso, é como ficar te vendo sem poder te abraçar mulher-menina!
Sabe que te adoro e cada vez que te leio me sinto mais eu sendo mais você!
Isso até pareceu poético né?
Bem, o importante aqui é que a poeta é você, a cronista, a contista, a deusa rainha das palavras!
Adoro ler-te!
E esse poema disse e redisse tudo né?
Você se constrói a cada amanhecer!
Parabéns Dai, queria e diina entre muitas. Te adoro!
Beijos do sempre seu amigo Sérgio!

Unknown disse...

Olá!
Primeiro venho te parabenizar pela iniciativa de recriar o blog; aqui você terá oportunidade de divulgar seu trabalho para um público maior, podendo dessa forma receber elogios e críticas que com certeza só te levarão a crescimento artístico e pessoal.

Sobre o poema...

Este poema ficou a sua cara! E devo dizer que adorei ele, me fez lembrar de bons momentos com você...^^ Não sei se foi essa realmente a intenção, mas ficou bastante sensual também... curvas, becos, encruzilhadas... é isso que eu mais gosto em seus poemas, há sempre um toque de sensualidade, como em você própria...^^

A metáfora dos conflitos por entre as ruas, caminhos... foi lindo isso... conflitos sempre existem e sempre existirão, o interessante é dar sentido certo a estes questionamentos e não deixar que eles atrapalhem novos caminhos, novas passagens...

Enfim, adorei o poema e o blog, estarei sempre aqui! Temos que conversar sobre poesia depois... saudades de nossas conversas

Grande beijo...

Empoemamento disse...

Empoemei-me. Pronto.

Ou melhor, empoemamo-nos, juntos, os dois.

Deliramos, Deu lírios, lindos aqui.Na beira desta estrada-"você"!

Entramos em tuas esquinas, mas tu te escondestes.
Escondeu-te revelando-se, como a criança que, ao brincar, dá uma "bizóiada" para ver se pode sair do esconderijo secretíssimo.

Agora, sabemos um pouco do eu-poético que aí há, mas não sabemos muito, porque o bom é não descobrir tudo de vez, o bom é ir buscando qualquer migalha, ir desvendando qualquer coisa aos puoquinhos.
paulatinamente, essa palavra que não gostamos.

"raspas e restos nos interessam".
Mas sempre jogue bem pouco, para que sempre hajam misterios que queiramos descobrir.

"Me construo a cada curva,
e em cada esquina me desfaço."

Esta imagem agora não me sai de mim.

É, acho que estamos contagiados, ou será que fomos atropelados em alguma de tuas esquinas tão bem sinalizadas? De repente... é noite! E qualquer atropelo acontece.
Graças a Deus!

Beijos Vermelhos...


Mi e ChicO.

Anônimo disse...

Daise, eu estou pasmo com o verso que sua colega também pôs acima.
Isso não quer sair mais da minha cabeça.
Eu faço até um pedido, coloque os seus textos antigos também. Amo seu poema Mulher Fêmea!
E, o que achei surpresa foi te ver escrevendo contos também! Como você mesma disse, 'se não tenho contos como eu quero para trabalhar em sala de aula, eu mesma os faço'..
Você é ótima! Parabéns querida.
Será uma dádiva te ler agora, ou te buscar em cada manhã para ter um pouquinho mais de ti.

Super e ultra beijos!