Hoje vou ao teu quarto, à noite,
prepare-se, pois não estou brincando,
quero-te intensa e imensamente.
Te olho faz tempo, e já perceberdes,
fico à espreita, estudando cada uma de tuas ações.
Aguarde, saberás por que me chamam de Fêmea.
Não me detenha, e não sorria sádico, obedeça,
farei de ti um homem por inteiro,
mas não me ligue no dia seguinte,
se eu desejar, voltarei.
Alisa-me como eu quero, e beija-me,
dos pés a cabeça, da forma que desejo, salivante.
Não estou a lhe pedir ardência, lembre-se sempre,
estou a vos dar a oportunidade de sentir prazer.
Prazer ao meu modo, a minha maneira.
Tocarei teu corpo e te arranharei,
quero que me lembre no dia seguinte,
que clame por meu cheiro de novo.
Quero que me lembre e que arranhe-se de raiva,
por não me ter acariciando-te e te deixando rígido.
Quero que enlouqueça lembrando que eu te marquei,
de batom, e não foi somente em sua boca.
Quero ver-te tremer e sussurrar meu nome,
gritá-lo aos ventos que adentrarem o quarto,
que mesmo fortes, não esfriarão o furacão de nós dois.
Tempestuosa dar-te-ei meu néctar mais líquido,
ardorosos beijos e carícias de ardor. Amor, nunca.
Não me ame, nem permita-se pensar em prender-me.
Quero calor, ardor, ardência.
Quero me deter nos teus saborosos abraços,
depois que o sol iluminar o quarto
e tornar claro nossos corpos ardentes.
Não pergunte meu nome, sou apenas Fêmea,
não me procure, retorno a dizer.
Se eu precisar volto a ti, mas somente se eu assim achar melhor,
somente se eu quiser, somente se eu desejar.
Por enquanto, aviso, estarei no teu quarto hoje à noite.