24 de set. de 2009

Vinhos, olhares e poesia...#


Conhecemos-nos numa mesa com amigos, numa noite em que não se esquece. Todos poetas ou músicos, o que tornava a conversa intelectualmente agradável. Sentia-se volúpia nas palavras. Ninguém tinha dono. Olhares flamejantes dentre algumas taças de vinho. Declamavam-se poesias em que as palavras despiam-se a olhos nus. Num lance de olhares, percebi o dele. Insólito ele estava me fitando já tinha muito tempo. Estava na mesa, mas não o tinha reparado como agora. Ele roçou a perna na minha e, eu, naquele momento, a ele pertencia. Fitei-o. Ele depositava a taça de vinho sobre a mesa e olhava a porta do lugar como se me convidasse... Eu sorri e naquele instante tínhamos marcado a saída. Ele despediu-se de todos e ninguém esperava que fôssemos sair juntos. Riram e desejaram uma ótima noite com aquele tom descarado na saudação. Entrei no carro e as bocas não falaram... Um som aliciante deixava o clima numa tensão sem igual. Tensão no sentido de excitação, no sentido de loucura. Levou-me para casa dele. Foi cavalheiro, mas logo depois foi homem. Puxou-me a nuca e me beijou mordiscando meus lábios enquanto suas mãos se embrenharam em minhas coxas adentro. Puxei-lhe a camisa e ficamos despidos em questão de segundos. Atracou-me no sofá e deslizou a língua pelo meu pescoço, meus mamilos, meu umbigo, deixando-me trêmula, enfiando toda a língua pela minha intimidade de mulher sem pedir-me licença. Aquele silêncio de palavras e conversação de gemidos me deixou incendiada. Pôs-se em pé, de frente para mim e abusou de minha boca... Marquei-o de batom... Para sentir-lhe o gosto de todo o corpo. Penetrou em mim me dizendo coisas ao pé do ouvido... Sôfrega não media esforços para satisfazê-lo em todas as posições inusitadas as quais me submetia e me entregava facilmente. Gemidos arranharam a casa. Suamos e nosso suor perfumava o ar com cheiro de prazer... Descansamos um tempo olhando um para o outro, sem dizer uma se quer palavra... Quando menos imaginei, começou tudo outra vez...

22 de set. de 2009

Primeiro Contato [versão dela e dele] Participação de 'Olecram'..#


[versão dele] Feita por:
'Olecram' do blog P A L A V R I N H A S
Veio de súbito, a emoção do de repente afunda minha mente, o olhar não mostrou apenas o que queria e mostrou um futuro, algo a mais a ser partido entre eu e ela.
Tudo de mais brilhante, e o melhor é o mistério, aquela doce criatura não se aproximou com seu corpo quente e ausente, mas sim com seus olhos pedindo carinho, pedindo o que eu queria dar pelas cercadas escuras daquela noite de sexta, noite de despedidas e novas experiências partidas, feliz e mais completo de forma escaldante com a aproximação que não esperava da parte daquela que me deixou tonto e sei lá mais homem, ser humano como pleno poder da visão, oh que sensação!

[versão dela]As primeiras instâncias de uma comunicação. Algo do inesperado mais buscado naquele instante. Instante de muitas perguntas tímidas e curiosas, gritantes, querendo saber. Sorrisos, coincidências, palavras, pequenas, tão dele, tão minhas. Ternura. Doces palavras... Palavrinhas! Planos no inconsciente inconsistente da mente. A busca do carinho, do toque ausente presente no ser. Doar-se com palavras, com sentidos, com agonia. Agonia de querer estar perto e demiti-las, de vez, as palavrinhas. Aquele contato... delicioso, como a sensação boa de um sorriso...

12 de set. de 2009

Lembranças Daquela Noite #


A cama ainda tem o nosso cheiro... Cheiro de corpo, de desejo, de mãos, de pernas, de tesão, de gozo, de prazer. Parece que não vou me concentrar em nada... Por que ele tinha que ir trabalhar?! Queria mais... No horário do almoço eu recebi flores: lindas, vermelhas, perfumadas. Sabia que eram dele. Olhei o cartão, estava preso a um embrulho muito bonito, também vermelho. No cartão tinha uma ordem: 'Venha me ver no trabalho, no nosso carro, vestindo o seu presente, sairei mais cedo'. Abri o embrulho. Suspirei. Respirei fundo. Eu ri! Que safado! O que ele queria... tola eu se perguntasse. Corri ao quarto e comprovei o quanto ele conhece meu corpo. E que perfeição em escolher algo para realçar minhas curvas. Safado... Tomei um banho maravilhoso e aceitei o desafio. Ele queria ver até onde eu iria com aquele jogo... Ele adora me provocar. Pintei as unhas de vermelho. Passei batom: vermelho. Ele queria, ele teria. Coloquei um casaco e fui ao seu encontro. Ele pensava que ia ficar no carro esperando... Meia hora e resolvi subir ao escritório. Ele me olhou e pediu que eu esperasse. Sorriu. Safado. Abri o primeiro botão e deixei ver um pedaço do presente que ele havia escolhido. Ele não estava se contendo aos risos. Os outros advogados no local já tinham percebido. Um deles aproximou-se e disse que ele poderia ir que todos segurariam as pontas. Todos sorrimos. Fiz sinal que o esperaria no carro. No carro, tirei o casaco. Menos de cinco minutos ele desceu. Entrou no carro, no carona, esbaforido. Me olhou e sorriu com cara de safado apertando minha coxa. Dei partida e começamos a pesquisar o motel mais próximo. Não dava para esperar chegar em casa. Ele apertava minhas coxas... passava a mão por minha calcinha, me provocava. Eu olhava-o com desejo, ele respondia: 'olho no volante'. Sedutor. Acariciava meus seios... queria-me louca! Chegamos e entramos no motel. Estacionado o carro saí como estava. Os outros casais nos olhavam e nós não ligávamos. Ele me olhou como se me devorasse. Apertou-me contra seu corpo e abriu a porta. Foram muitos beijos. Muitos amassos. Ele me lambeu o corpo inteiro. Sugou meu néctar. Vibrei e tremi com sua boca me salivando... O provoquei. Provei de seu corpo. Arranhei-o. Mordidas. Gemigos. Idas. Vindas. Pernas. Mãos. Braços. Gemigos. Suor. Tesão. Prazer. Gozo... Satisfação. Saímos de lá quando a madrugada já avisava o novo dia. Em nossa casa, banhos... Carícias. Quantas e quantas lembranças daquela noite...

6 de set. de 2009

Saída Do Toalete [versão dela e dele]


[versão dela]


A inauguração daquele restaurante estava bombando. Comida boa. Bebidas agradáveis e exóticas. Espaço bem divido. E, gente, aparentemente, interessante. Quando soube combinei com as amigas e fomos todas. O balcão estava lotado, sorte nossa termos achado mesa, apesar de eu preferir o balcão. Acredito ser mais descolado. Cada vez mais chegando gente e eu com aquela necessidade feminina de às vezes me olhar no espelho. Coisa nossa, eles nunca vão entender. Mas, nem sempre as amigas estão interessadas em ir junto. Quem disse que mulher sempre vai em comitiva ao banheiro?! Bem, eu queria retocar a maquiagem, fui. O banheiro estava ótimo. O espelho era imenso. Espera até eu contar isso a todas, virão correndo. Retocada, saí. Entretanto, um detalhe negativo [ou não] das portas dos banheiros: elas abrem uma de frente para outra, e, por ironia [ou não] me bati com um homem na saída... Engraçado que, já tinhamos trocado olhares no restaurante. A mesa dele estava de frente para a minha e das minhas amigas. Ele estava com uma mancha na camisa, e agora tinha dado um jeitinho. Mulheres... detalhistas. Ele me olhou de cima a baixo e me saudou com um boa noite acompanhado de um belo sorriso. Eu não estava nem um pouco desinibida, respondi. Me achei ousada. Deve ter sido a vodka. Ele beijou minha mão e me puxou para um canto, perto de uma planta e uma janela. Agarrou-me, beijou-me, mordeu minha orelhinha, passou a língua no meu pescoço, passou as mãos na minha coxa, roçou seu corpo ao meu e eu perdi a conta dos acontecimentos... e tive de ir no banheiro novamente retocar tudo. Trocamos números de telefone. Voltamos as mesas. Sorrimos a noite toda um para o outro. Ele saiu mais cedo... acenou um tchau tímido, depois de tudo aquilo?! E, pela tardinha, para não parecer oferecida, ligo para ele.

[versão dele]

Estava voltando do trabalho e o pessoal falou de um novo lugar. Sexta, homem solteiro, que mora sozinho, não tem hora para chegar em casa... Eu estava com fome e quando cheguei ao local a comida estava num cheiro maravilhoso. Antes, de tarde, comi um cachorro-quente que me fez mal e uma bela mancha na camisa, mas lá, se achasse alguém interessante... eu tiraria a mancha, claro. Jantamos. Conversamos. Bebemos. O lugar estava badalado. Algumas mulheres sentaram-se na mesa próxima a nossa. Alguns eram casados, mas, mesmo assim flertaram, coisa de homem. Estavam trabalhando até tarde naquele dia, para suas mulheres, claro. Ninguém ia passar de flerte. Uma em especial tensionava o olhar para mim, e eu para ela. A mancha estava incomodando e eu fui ao banheiro. Ela ficou menos visível. Na saída, propositalmente me esbarrei em uma mulher... Qualquer uma que saísse do banheiro seria bonita, pois não vi nenhuma que não valesse a pena enquanto estava na mesa. Esbarrei e era ela. Incrível... não aguardei muito... ela tinha retocado o batom. Vermelho. Meu signo é touro. Touro gosta de vermelho e vai atrás. Agarreia-a próximo ao banheiro. Beijei, abracei, minhas mãos tatearam seu corpo... e ela não ficou atras... me apertou, mordeu, arranhou minha nuca... e me deixou louco. Enfim, respirei, peguei o número dela e voltei a mesa. Trocamos mais e mais olhares... tinha que ir, alguns não poderíam trabalhar até tarde assim... espero que ela me ligue... Caso não ligue, a noite a convidarei para jantar...

3 de set. de 2009

Mais Que Amigos ou Acontecendo...






Vocês sabem da história deles.

Então, continuando....



Ela chegou em casa arrasada, mas feliz. Os lábios parecia chorar a falta do beijo. Tocava os lábios com saudade do beijo que ainda não sentiu. Ele chegou em casa com raiva. Pela primeira vez, desejou não ter amigos. Ele pensou nela. Ela pensou nele. Os dois pegaram o telefone, e, num átimo de loucura ligaram os mesmo tempo e estava, lógico, ocupado. Ele pensou que ela tinha outro. Ela pensou que ele tinha outra. Frustração. Ligaram de novo, dessa vez, a linha cruzou... 'Alô'... ficaram mudos. 'Só liguei pra desejar mais uma vez boa noite, ele disse, seu telefone estava ocupado, eu estava ligando, ia desistir..' Ela riu. Ela explicou. Eles riram. Despediram-se. Mas eles não se desligaram um do outro. Ainda não era meia noite... Ele estava enlouquecendo. Olhou a lua. Viu a janela dela, a luz ainda não tinha se apagado. Saiu e foi lá. Estava louco. Não pensou em mais nada... Não teria mais amigos. Nem os pais dela. É o amor... ele é arriscado. Jogou uma pedra... duas.. três.. ela apareceu de toalha. Estava no banho. O coração dela só faltou se jogar nos braços dele. Correu e vestiu qualquer coisa e desceu. A respiração parecia que ia ganhar o ar, os olhos se encontraram. O juízo retirou-se e, enfim, ele a tomou nos braços, afagou-lhe os cabelos e a beijou com intensidade. Ela não recusou e nem podia. Os pais foram dormir. Toda rua dormiu. Eles estavam acordados e eletrizados num beijo que parecia não ter fim... cessou-se o beijo e caçaram o ar em volta. Olharam-se e riram num abraço que nutria a saudade ainda não sentida. Despediram-se naquela noite. Não desligaram-se um do outro. Não dormiram direito. Precisavam do novo dia que ia nascer para continuar acontecendo.



Att: Não costumo fazer post com continuação, mas já que minha irmãzinha Bia deu a idéia, está aí! Cheiros maninha!