26 de out. de 2009

Supermercado [versão dela e dele]


[versão dela]

Eu estava fazendo minhas compras com aquela vontade louca de preencher os armários, até que ele chegou, na mesmo área em que eu estava: verduras. É engraçada a cara de homens que não sabem escolher verduras. Ele estava com carrinho cheio também, parecia mais um solteirão que não tinha mais mamãe para fazer as compras, exatamente como eu. Trocamos olhares algum tempo e eu ri por ele estar pegando várias cebolas ruins. Interessante como nada naquele supermercado era muito selecionado. Ele ficou com cara de interrogação e eu me aproximei. Olhei para as cebolas e lhe disse o motivo do meu riso. Ele também riu e pediu ajuda... conversa vai, conversa vem, começamos a nos ajudar no supermercado e os olhares se tornaram convidativos. Dois solteiros fazendo compras sexta pela noite? Nossa... convidativo, não? Fomos para o caixa. Eu passei minhas compras primeiro e entrei no carro. Ia esperar ele, mas decidi seguir viagem... O celular tocou e parecia um motivo de eu poder esperá-lo. Logo ele estava no carro dele e nos cruzamos na saída do estacionamento. Ele fez cara de me siga, mas, depois do primeiro sinal, eu fui para a esquerda, ele para a direita...


[versão dele]

Eu não estava tão perdido assim. Mas me fiz de bobo para ver se ela que tanto escolhia verduras era solteira. Me fiz de desentendido, pois na verdade moro só faz um bom tempo. Ela sorriu quando eu coloquei de propósito cebolas ruins na sacola. Ela se aproximou. Pensando ela que me daria aulas... Adorei. Ela era gentil e simpática. Perfeita para uma sexta à noite. Gostei dos cabelos compridos dela. Engatamos uma conversa gostosa. Eu estava investindo no olhar, principalmente depois dela ter correspondido. Conversamos sobre tudo e ela foi colocar as compras no carro. Parecia que a noite não teria fim... Eu sabia que ela ia me esperar. Eu a esperaria. E, foi dito e feito. Ela leu meus pensamentos. Eu já estava pensando em que lanche faria para supreendê-la. Na saída, trocamos olhares e eu sustentei para que ela me seguisse. Mas, no primeiro sinal ela seguiu outro caminho... Por quê? Teria sido tão bom...

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22 de out. de 2009

Quero mais.. #


Foste embora, por quê?
Deixa o trabalho de lado,
só hoje, por favor...
Ainda preciso de você aqui...

Minha sede ainda não acabou,
não estou cansada... quero mais!
Quero mais de tua sedução,
de tua ousadia e de tua fluidez.

Quero mais, volta...
Sou mulher de muitas noites,
não de uma noite só,
quero mais... quero de dia e de tarde!

Não consigo dormi sem carinho,
não entende? Ainda não entendeu?
Volta... te farei meu escravo...
E serei sua escrava quando quiser...

Preciso da coisa face a face...
quero a coisa fluindo,
quero a coisa de perto,
quero você dentro de mim...

Volta, vai...eu suplico...
faço o que você quiser...
Volta, vem correndo,
vem me fazer mulher...

21 de out. de 2009

Convite atrevido #

Vem...
vem me mostrar o paraíso,
que você me prometeu.

Vem...
vem que estou é precisa,
de mil beijos teus.

Vem...
vem que minha pele fica fria,
loucamente quer te ter.

Vem...
vem que minha vontade pervertida,
quer te perverter.

Vem...
vem que minha cama está vazia,
vem a nós preencher.

Vem...
vem que nossa noite vira dia,
vem me matar de prazer.

Vem...
vem me mostrar teus delírios,
vem correndo, vem me ver.

20 de out. de 2009

Poema apaixonadinho..#



Ele chegou, e trouxe com ele o sol.
O calor que me faltava nesse inverno,
acertando minha temperatura,
que a muito andava desregulada,
sofrida, calada e fria, pálida.

 

Ele chegou organizando as idéias,
pondo a casa em ordem e simetria.
Ele organiza cada cantinho,
cada pedaço do meu todo.

 
Ele chegou sorrindo,
me desconcertando e deixando-me vermelha ...
Diz-me coisas de amor ao ouvido,
naquela voz nossa, próxima,
viva dentro de nós dois.

  
Ele chegou, e com ele o sol veio,
e virá todos os dias,
iluminando esse inferno, essa loucura,
enquanto ele estiver aqui.


16 de out. de 2009

Poema de uma jovem entediada #


Tirei férias de mim, de todas.
Todas quantas sou precisam descansar.
Estou na mais perfeita desordem.
Tudo em mim congestionou.
O espelho nem me revela mais.
Os meus olhos fugiram.
Todas que sou levaram cada um o seu.
E isso pode ser bom, pois não verei o mundo.
Que anda mais caótico que eu.
Estou como uma folha seca caída de uma árvore,
não sei onde posso pousar,
cair, despencar, sentar, assentar-me...
Sem a preocupação de para que lugar serei arrastada.
Quero poder ter esse momento e saber que posso voltar,
ou que todas nós voltaremos,
não de uma vez, mas cada uma a seu tempo...
Estou de férias de mim, ao meu amado, um terno abraço,
daqueles quentes como o sol, e agradáveis pelo nosso laço.