3 de dez. de 2011

Poema para um saudoso amor #

 
A luz dos meus olhos anoitece

A pulsação do meu corpo entardece
O meu sorriso é neblina
O meu humor é tempo fechado.

Tudo em mim te aguarda
para amanhecer.
Os meus melhores sonhos te buscam
para serem enfim sonhados.
Meu mundo sem ti é inerte.

Causador das minhas púrpuras emoções
Aguarda-me no teu cantinho
Irei com o vento te buscar
Para que tu navegues em meus mares profundos.


Para que transites em meus caminhos escuros.
Para me fazer muito mais nós,
e muito menos eu mesma.

Espera no teu cantinho, calmo e quietinho,

que vou curar tua saudade que em meio peito é dor, dor que só tem a ti como cura.
Cura-me quando eu chegar.
Não te irrites nem te entristeças,
Posso estar demorando, mas me aguarde, estou chegando.

Levo a cura da tua saudade,
A busca da cura do meu coração
e um presente, só teu, só para ti:
Este poema, saudoso para um grande amor,
Amor-você, tu-amor, Amor-te.

Espera-me no teu cantinho, homem lindo menino,
Menino-homem do meu coração.

2 de dez. de 2011

Sem pressa #



Não tenhamos pressa,
um amor eterno não se constrói em dias,
mas nas eternidades dos momentos.

Não apressemos o luar,
antes do pôr-do-sol.
Nem reclamemos pela luz das estrelas,
antes que as nuvens se camuflem no noturno
da essência da noite.



Não quero pousar meu corpo junto ao teu,
antes que os sentimentos se façam rocha,
inabalável, intransponível, petrificada.

O gozo maior provém da morte da espera.


Esperemos então,
que os frutos amadureçam nas árvores;
que o outono venha depois do verão;
que a lua deite-se no mar, depois do pôr-do-sol; que nós nos tornemos em um só,
depois dos descaminhos ambivalentes tidos pela vida.