A mãe saiu para trabalhar.
Ela brincava de boneca sorrindo.
Ela tinha 9 anos, que fez no sábado.
Ele tinha 47, que fez a uns 4 meses atrás.
Ela brincava de boneca sempre na varanda, sozinha.
A empregada estava doente.
Ele teve de ficar com ela.
Ele puxou a menina pelo braço.
Ela gritou.
Ele a levou para o quarto.
O quarto estava escuro.
Ele tirou a face sorridente dela.
Ela não estava sorrindo.
Ela estava chorando.
Ela sangrou.
Ela gritou.
Ele tinha cara de malvado, dizia sempre a mãe.
A vizinha chamou a polícia.
A polícia entrou na casa.
Ele foi preso.
A menina chorava.
A vizinha consolava.
A mãe chegou do trabalho.
9 reações:
pocous poemas são tão incisivos sobre essa realidade cruel.
parabéns, é o que posso dizer!
Blog Suicide Virgin
Olá amiga
Uma triste e cruel realidade
deste mundo cão, no qual
parece apenas haver justiça
cega, para estes vis seres humanos.
Um abraço
Alvaro
chocante, nossa!!
isso me dói na alma!!!
fico puto...
o poema está belo, provocante também...
bjs
nossa :/
Infelizmente isso acontece a cada piscar de olhos...
Um beijo
Um tiro na carda desse filho da puta!
Ou melhor, dois! Um "lá" e um na cara.
E nem nos venham falar que violência não se resolve com violência.
Se fosse filha nossa, matavamos pq não temos paciência para uma sacanagem dessas!
Beijos vermelhos Poetíssima!!
P.S:. As tragédias são sempre ótimas para fazer poemas!
Os melhores poemas, são construídos na tragédia.
A tragédia é a fonte dos melhores frutos artísticos, fostes muito feliz, aposte neste lirismo, que particularmente adoro.
Amo-te.
muito triste , porem vemos a realidade n ua e crua...
belas palavras..!!
^.^
Obrigada a todos pelas reações.
Anônimo, acho que sei que és, teu vocabulário é muito familiar... literalmente. (risos)
Sim, sei que tu me sabes.
Você me conhece muito bem.
É que a preguiça de logar para que meu nome apareça é tamanha...
Amo-te, hoje, sempre, sempre.
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